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Técnicas de memorização que realmente funcionam para concursos

Se você já sentiu que esquece tudo que estudou poucos dias depois, saiba que não está sozinho. A memorização é uma das maiores dificuldades dos concurseiros. Mas a boa notícia é que existem técnicas comprovadas que ajudam o cérebro a reter as informações por muito mais tempo. Neste artigo, você vai descobrir métodos práticos de memorização, aplicáveis à rotina de estudos para concursos, mesmo que você tenha pouco tempo.

Por que esquecemos o que estudamos?

Antes de entender como memorizar, é importante saber por que a gente esquece. O cérebro tende a eliminar o que ele considera desnecessário. Se você não revisa ou não associa aquele conteúdo a algo relevante, seu cérebro entende que pode “deletar”.

Além disso, a famosa Curva do Esquecimento, estudada por Hermann Ebbinghaus, mostra que esquecemos cerca de 70% do que estudamos em até 24 horas se não houver revisão.

Por isso, aplicar boas técnicas de memorização é essencial para qualquer concurseiro.

1. Técnica de Repetição Espaçada

Essa técnica consiste em revisar o conteúdo em intervalos programados. Com isso, o cérebro entende que a informação é importante e armazena na memória de longo prazo.

Exemplo de espaçamento:

  • 1ª revisão: 24 horas após o estudo
  • 2ª revisão: 7 dias depois
  • 3ª revisão: 15 dias depois
  • 4ª revisão: 30 dias depois

Você pode usar apps como Anki ou Quizlet para automatizar esse processo. Também dá pra usar uma planilha simples ou até marcar no calendário.

2. Mapas Mentais

Mapas mentais ajudam a visualizar a estrutura da informação, facilitando o entendimento e a memorização. Eles funcionam bem principalmente em matérias com muita teoria, como Direito, Administração e Português.

Como fazer um bom mapa mental:

  • Use cores diferentes
  • Destaque palavras-chave
  • Use setas e símbolos para mostrar relações entre os temas
  • Escreva com suas próprias palavras

Você pode fazê-los no papel ou em aplicativos como MindMeister, Coggle e Canva.

3. Técnica Feynman

Criada por Richard Feynman, essa técnica é simples e poderosa: ensine o conteúdo como se estivesse explicando para uma criança de 10 anos.

Passo a passo:

  1. Escolha um tópico.
  2. Escreva tudo o que sabe sobre ele com palavras simples.
  3. Identifique os pontos que você não conseguiu explicar direito.
  4. Volte na teoria, estude e reescreva.
  5. Repita o processo até o conteúdo estar claro.

Quando você consegue ensinar, é porque realmente aprendeu.

4. Flashcards (Cartões de Memorização)

São cartões com uma pergunta na frente e a resposta no verso. Eles são ótimos para revisar conteúdo de forma ativa e rápida.

Você pode criar flashcards:

  • Com papel e caneta (físicos)
  • Em apps como Anki, Quizlet ou Brainscape

Dica: revise os cartões diariamente e vá separando os que já domina dos que precisa revisar com mais frequência.

5. Técnica de Associação

O cérebro memoriza melhor quando associa a informação com algo que já conhece. Você pode criar histórias, siglas ou imagens mentais para lembrar de conteúdos difíceis.

Exemplo com sigla: Para lembrar os princípios do Direito Administrativo: LIMPE

  • Legalidade
  • Impessoalidade
  • Moralidade
  • Publicidade
  • Eficiência

Esse tipo de “truque” ajuda bastante, principalmente na hora da prova.

6. Técnica de Interleaving (Estudo Intercalado)

Em vez de estudar a mesma matéria por horas seguidas (estudo em bloco), o estudo intercalado consiste em alternar disciplinas ao longo do dia.

Exemplo:

  • 1ª hora: Português
  • 2ª hora: Matemática
  • 3ª hora: Direito Constitucional

Essa variação estimula o cérebro, aumenta a atenção e melhora a retenção a longo prazo.

7. Escrita à mão

Pode parecer ultrapassado, mas escrever com papel e caneta ativa partes do cérebro diferentes da digitação. Isso ajuda na fixação do conteúdo.

Escreva resumos, esquemas, explicações com suas palavras. Você vai perceber que lembrar do que foi escrito é muito mais fácil do que lembrar apenas do que foi lido.

8. Técnicas de Autoexplicação

Ao final de cada sessão de estudos, pare e se pergunte:

  • O que eu acabei de aprender?
  • Por que isso é importante?
  • Como isso se conecta com o que já estudei?

Responder essas perguntas com suas palavras ajuda a consolidar o conteúdo e identificar pontos de dúvida.

9. Ensinar outra pessoa

Pode ser um amigo, parente ou até um “aluno imaginário”. Ensinar é uma das formas mais eficientes de memorização. Você precisa reorganizar as ideias, explicar com clareza e reforça ainda mais a retenção.

Além disso, você se obriga a entender o conteúdo de forma profunda.

10. Revisões Ativas ao Longo da Semana

Ao invés de apenas reler os resumos ou apostilas, faça perguntas para si mesmo, resolva questões e tente reescrever o que aprendeu. Isso ativa mais áreas do cérebro e potencializa a fixação.

Organize sua semana para incluir:

  • Sessões de leitura
  • Resolução de questões
  • Revisões com flashcards
  • Reexplicação dos temas estudados

O segredo está em combinar técnicas

Não existe uma técnica mágica que funcione para todo mundo. O ideal é testar e combinar as técnicas que mais fazem sentido para você. Por exemplo: usar repetição espaçada + mapas mentais + flashcards é uma combinação excelente para a maioria dos concurseiros.

O mais importante é sair do modo “leitura passiva” e ativar o cérebro durante o estudo. Quanto mais ativo você for, maior será sua retenção.

Quem memoriza bem, aprende de verdade

Passar em concurso público não é sobre decorar — é sobre entender, memorizar e aplicar o conhecimento. Com as técnicas certas, você não só estuda com mais eficiência, como ganha confiança na hora da prova.

Lembre-se: sua memória é treinável. Com prática, paciência e as estratégias certas, você vai transformar o que hoje parece difícil em algo natural.

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